segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Amor que se vai"



Ó, amor.


Tão belo é teu encanto, me completa e me sustenta...
Ó, calor, paixão, acalanto, febril amor...
Sinto pena de mim, por te deixar ir, livre és tu, sei que tens que partir.
Dor  sinto e sempre sentirei,  sei que do teu doce veneno provei, ó suave beijo, sempre me lembrarei.
Livre és tu, que a todo canto pode ir...
Do infinito e do além tu podes partir...
Da vida, da morte... Do sorrir...
Quase te segurei, mas tolo fui, não consegui, falhei...
Escapaste por um triz, mas por pouco tempo, pude te sentir...
Sei que o melhor é te deixar partir... Pois comigo, ó amor, não posso dividir.
Quero-te demais, mas penso com razão... Voltei atrás... Te deixo ir, mas belo és tu e sempre será... Partir...
Espero que um dia chegues até mim... Novamente te sentir... Sorrir...
Te receberei  no raiar, esperarei... Sempre, sempre contigo irei sorrir...
Sei que belo és tu ó amor... Que dos homens tira o sofrimento, a duvida o amargor
Rancor contigo não há... Espero em ti... Sei que minha raiva vai passar...
Não, não posso te cobrar... Sinto pena de mim, nada posso fazer... Tentar...
Espero um dia contigo voltar a estar, voltarei a ti, a sorrir... Cantar...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Paixão"



Ó nascer do Sol que tudo faz brilhar.
Sorriso lindo que vem a me atormentar.
Sinto muito desejo de contigo estar.
Pois não existe nada no mundo que faça meu coração palpitar, só o teu sorriso que mais lindo não há.
Quando estou em tua presença de nada nem ninguém sinto ausência.
Ao teu lado sinto a tensão, a latência.
Meu amor por ti é demais, sempre tento mas não consigo voltar atrás.
Não consigo tirar as correntes, meu coração palpita, sente.
Eu temo em não conseguir, porém temo mais ainda em desistir.
A terra do sol nascente, sempre lá está, com teu sorriso sempre a brilhar.
Imagino sempre como será, mas infelizmente só consigo chorar.
Lágrimas que eu não consigo enxugar, pois elas nunca param de cair, derramar...
Não entendo essa emoção pois infelizmente não domino o coração.
Sei que um dia irei entender, todavia espero que nosso amor não vá perecer.
Minha paixão é sadia, mas não consigo parar com essa agonia.
Agonia que me fere como um arpão, tento sempre pensar com a razão.
Razão que logo meu coração faz esquecer, pois me sinto feliz em saber que posso amar... Crer...
Crer que nosso amor tem um sentido e que infelizmente não foi ainda nos mostrado... Espero que em breve isso seja corrigido...
Temo esperar demais e com aflição sei que não perdurará, pois depois só vejo rancor, ódio, desilusão...
Espero com esperança que tudo certo dará e que um dia contigo eu possa estar.

domingo, 3 de abril de 2011

"Giza"


Forte é teu sorriso e teu abraço,
Neles eu me laço, confiante e resoluto,
Que neles irei repousar.
Amiga, fervorosa e fiel que não me deixa cair em vão,
E que por nenhuma razão, deixará de me apoiar.
Na hora da verdade, tudo que a ela cabe, ela irá me ajudar,
Que no final do tento, tudo que me atormenta, ela irá abreviar.
Amiga, forte feito o aço, agüenta cana no cangaço, para no sol me amparar.
Na terra densa e fria, cheio de garrafa vazia, ela me faz sorrir e cantar.
Depois de tanta indecisão, ela me elucida com a razão para não mais errar.
Falando sempre com expressão, forte como o cão, ela segura minha mão e vamos o dia enfrentar.
Depois de tudo isso não invento, que tudo que eu mais tento é com Giza não fuleirar.
Pois com ela eu sempre tento e sei que ela lá está.

sábado, 2 de abril de 2011

"Instinto"



Não sei o que dizer com exatidão...
Não sei se tudo isso vale a pena...
Tudo isso que maltrata, envenena.
Pensamos em tudo que podemos fazer mas nem sempre pensamos o que teremos que esquecer.
Tudo que foi feito, passado se tornará porém no presente. Rancor ainda há.
Pensamos em tudo que há para fazer. Não pensamos que muito é melhor esquecer.
Tudo que tentamos em vão no final é...
Sonhamos acordados, tentamos não acordar...
Ludibriados estamos com nosso bem estar...
Não fazemos nada para acordar, deste torpor que sempre nos dominará.
Nós falhamos em nos conter...
Não podemos deixar de viver...
Toda essa ilusão nos aprisiona...
Eterna paixão, conhecimento e saber.
Eterno é aquilo que o tempo não há de esquecer.
Estou perdido na compreensão...
Nisso tudo que tira minha concentração...
Não consigo mais viver...
Viver longe de tudo pois só isso há de me conter.
Selvageria, instinto e ilusão... Isso tu é necessário não é em vão...
Aquilo que eu temia não temo mais... Consegui aconselhar-me a não voltar atrás...
Lá atrás existe tudo que não irei esquecer, instinto é nisso que quero viver...
Não adianta parar para pensar, pensar muito torna fraco o que no coração há...
Selvageria, ódio, destruição...
As vezes é nisso que quero viver... Sei que tenho forças para sobreviver...
Instinto nem sempre quer dizer destruição pois puro é esse sentimento dentro do coração...
Não consigo em nada mais pensar... Sei que nunca houve nada nem há...
Sei que quero no domínio não me conter... Quero tirar os grilhões do saber...
Não adianta em nada pensar se só existe amor e ódio para executar...
Tudo é fração de um mesmo elemento...
Então digo-lhe, vamos usar o instinto... Puro é como a natureza... O vento...
Choro só de pensar que nada disso irá adiantar...
Cansada a mente fica... Depois de muito que o mundo mente... Critica...
Não vou mais escrever... Nem pensar...
Apenas quero ser, viver e estar...

quinta-feira, 17 de março de 2011

"O Passado"



Sempre fui, sempre viverei, sempre houve, sempre serei.
Faço reis chorarem, súditos lamentarem, povos gritarem.
Comoção, emoção, histeria, não há razão.
Aquilo que já fui nunca mais irei ser, nunca me esqueço que muito ainda pode acontecer.
Não sei se há sentido, faço parte do aprendizado, tudo que foi dito, tudo será lembrado.
Naqueles dias de solidão, onde nunca houve perdão, lá eu estarei.
Lhe atormentarei, dor lhe infligirei.
Nunca fui ilusão, sou o passado, fantasma da solidão.
À muitos irei socorrer, para muitos ire sumir, desaparecer.
Consciência pesada, amargura sem fim.
Ó passado, tu que vem a mim.
Não sei o que sentir, mas tu sempre mostra onde já sorri.
Não sei se já odiei mas tu insiste em mostrar que já amei.
Não gosto de lamentar, porém pra ti muito já lamentei.
Não consigo descansar, pois muito já orei.
Me perdoa por tudo que fiz, sei que muitos não me perdoarão, ó tu que és o fantasma da solidão.
Afasta-te de mim, vem com lembranças de luz e calor, aquelas que fazem a mim ruborizar, aquelas que fazem a cama esquentar, aquelas que eu nunca irei esquecer, aquelas que eu sei que vão padecer.
Nunca te temi, mas o tempo me mostrou o que respeitar e enquanto mais ele passa a tudo tu há de dominar.
Não sei até que ponto posso viver, se a ti não aceitar, esquecer o que já fiz, nunca. Sei que nunca irás me calar, sei que há muito o que aprender, muito o que perdoar...
Mas será que tu podes me perdoar, passado, tu que fim não há?
Solidão não sinto mais, todavia sei o que tem para trás.
Sei que para mim não há perdão, tu passado que há muito não tem coração.
Não sei muitas vezes o que fazer e a ti irei recorrer pois contigo muito irei aprender.
Sei que tu não é um mistério, pois de ti tudo me foi sincero, mesmo que não tenha perdão, sou digno de compaixão.
Sou tudo isso mas também sei que odiei pois muitos eu não amei.
Cheguei a matar o irmão pois para mim o que ele fez não há perdão, mesmo que para ele haja consolação.
Sei que muito ainda posso viver, sei que muito não posso esquecer, por que existe a ti para me relembrar, de tudo que eu já fiz, de tudo que chorei amei, odiei...
Lá você está...
Passado.

domingo, 13 de março de 2011

"Ecce Homo"


Guerra, ódio e desilusão, razão.
Nós lutamos, matamos, honramos.
Tudo que fazemos é com intuito ou prazer, alegria ou raiva, amor ou ódio.
Paixão sempre nos desnorteia, nos afugenta, nos desperta.
Odiamos perder a razão, amamos o sonho e a ilusão.
Não controlamos a emoção, ininterrupta comoção.
Confrontamos o irmão, a família, a união.
Cobrimos uns aos outros de compaixão, não queremos solidão.
Fazer o que é certo sempre compensa a mente, o coração...
Mas fácil é ir ao caminho errado, corrupção.
Caráter falho, obstinação.
Perseverança, esperança, comiseração.
Somos de eterno saber, não sabemos exatamente o que queremos todavia sabemos que queremos ter.
Insegurança, decepção, apego fora de controle, sem razão.
Aquilo que temos, nos dá a sensação de forte e consciente mas muitas vezes acaba nos tornando aquilo que mais tememos.
Impotente somos diante de mistérios, criamos dogmas para sermos sinceros.
Tolerância muitas vezes está fora de questão, roubamos com medo do ladrão.
Infinita é nossa dívida assim como o nosso perdão.
Não somos tão bons quanto queremos porém somos melhores do que pensamos.
Estamos além, além do que fomos e pensamos, mas muito ainda falta para alcançar.
Alcançar tudo, o céu e o mar, definitivamente não mais nos preocupar em que lugar devemos estar.
Mal posso respirar, contudo sei que ainda dá, dá para continuarmos a caminhar, rumo ao além céu, mar...
Para tudo de novo ser e estar, para tudo ter e conquistar, para com a fé estar.

sábado, 12 de março de 2011

"Mãe"



Noite gélida, fria, despertar na agonia, irei enfrentar.
Não sozinho irei, pois aquele sorriso, tudo há de calar.
Quando vem com objeção sei que não estou com a razão ou mesmo tendo, sei que o castigo não é em vão.
Aquela voz que há de me acalmar, sei que a tudo posso enfrentar, sem medo de solidão, pois aqueles braços comigo irão.
Em tempos de dúvida e aflição vem à mim com a razão, espantando a aflição, vem à me consolar.
Tempos difíceis são e mais ainda virão, mas com ela a tudo irei enfrentar, pois a palavra de conforto virá, apesar de tudo difícil estar.
Em tempos de desilusão, ela é o apoio que não é ilusão, cheia de austeridade e compaixão, vem a minha cabeça relaxar.
Na alegria, me faz companhia, me faz vibrar e amar, pois que nem ela não há.
Em termos de emoção, me lembro de tudo que é vão e vejo que ainda há, muito o que relembrar.
Ela me mostra e me diz que nada é vão, que tudo que precisamos é de amor e compaixão, e que a vida é feita para vibrar.
Sorriso que me trás a benção da emoção, da vida e da razão, que me faz acreditar.
Lembranças que me fazem chorar, lembranças que não irei esquecer, de tudo que você me fez passar.
Caráter se forja com criação, sei que tudo que me disseste nada é em vão, tudo fizeste para me dar a razão e por isso tudo, irei lutar até as forças de mim se acabar, sem medo e sem apreensão, pois por ti a tudo hei de fazer para relembrar, pois para mim na tua vida há tudo que foi feito para viver, para tudo relembrar e que nunca irei de esquecer o amor, a vida o padecer.

segunda-feira, 7 de março de 2011

“Misantropia”



Misantropia, noite, agonia.
Alma vazia, impedido de amar.
Melancolia, que nos aflige de dia, a noite não há como suportar.
Triste é o mistério que gera aflição, me condena com emoção, me faz transpirar.
Tenro prazer que me faz esquecer aquilo que importa, viver.
Não consigo, não, me encher de ilusão mesmo que essa decisão faça-me sofrer.
Dentro do meu ser, sou, ludibriado estou, não consigo esquecer.
Esqueço aquilo que é vão, não preciso saber daquilo que me faz esquecer de olhar com a razão.
Firme é aquilo que me faz pensar e ao mesmo tempo esquecer que a vida é para viver, mas para que então, tudo isso, se tudo é vão?
Vão é aquilo que o raciocínio não consegue trazer, que nem consegue esquecer pois isso nunca houve nem há, isso ainda irá passar.
Passando o tempo de viver, me faz lembrar que tudo isso em vão é, por que tudo isso não irá importar, pelo futuro que a todos há.
Sociedade é uma asquerosa ilusão, que ainda amados são aqueles que vão acalentar.
Sozinhos morremos, bem longe vivemos, não há o que mudar.
Misantropia, feliz és tu, que me contagia, com a falsa alegria mas com verdade e tento que meu conhecimento vai tudo superar.

sábado, 5 de março de 2011

"O Vento"



Vento, que clareia a noite, amanhecer.
Vento, que leva emoção e canção, desnorteia a razão, faz atormentar.
Aquele que da chuva faz brisar, aquele que a tempestade há de calar, aquele que me faz voar.
Voar longe, na transição do dia, na imposição da alma, acalenta meu ser.
Da brisa que troveja da maré, que transborda, daquele que me faz sonhar.
Vôo longe, pensando em escapar daquele que me atormentar, vôo até o sol raiar mas o vento me faz relembrar, daquilo que ainda há.
Há? O que houver de acontecer, ainda aqui estou, atormentado pela razão, não consigo discrição, daquilo que me faz voar.
Sentimento não precisa de razão, vento que não é em vão, aquele que me faz vibrar.
Vento que vem, vem com tristeza, solidão, pensando oco sem emoção, vazio e ladrão.
Rouba meu sentido assim como um bandido, rouba o que me é justo e feliz.
Vento, trás meu coração, acompanha-o e o preenche de emoção, enche-o de amor e chega de razão!

sexta-feira, 4 de março de 2011

"O Sorriso"



Teu sorriso é loucura, cheio de ternura no qual não posso descansar.
De tudo que nos espera, minha vitória mais bela seria nos teus braços repousar.
Teu sorriso eu sempre espero pois não há nada mais belo para que eu possa admirar.
Nos momentos de loucura, na hora mais dura, no teu sorriso eu vou pensar.
Na minha dor eu espero que no teu sorriso mais belo tu penses em me acalentar,
Pois na verdade o que eu mais quero, meu bem como eu te quero, é que nos teus braços eu possa estar.
Dentro de tantas divergências em termos de consciência, sei que posso te amar,
Pois de todas as coisas, de tudo que mais quero, é no teu sorriso estar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

"O Beijo"


Beijo doce, suave e mortal.
Inflama o desejo que neste sempre a vejo,
Desesperado, estou.
Ó longínquo encanto,
Cheio de acalanto que tu me fez provar.
Depois deste dia, vivo de alma vazia,
Tentando não relembrar que tudo que eu queria era mais uma vez experimentar,
Do doce veneno que sempre me condeno por um dia aproveitar.
Depois de mais um dia,
Vivo na teimosia que um dia irei provar.
Deste que tão doce é,
Que me persegue e que me guia e mesmo de alma vazia me faz felicitar.
Pois de tudo que eu quero, o que eu sempre espero é que de teu beijo irei provar.
Depois de ser tão sincero e tão denso mistério tudo que mais quero é de teu beijo aproveitar.