domingo, 13 de março de 2011

"Ecce Homo"


Guerra, ódio e desilusão, razão.
Nós lutamos, matamos, honramos.
Tudo que fazemos é com intuito ou prazer, alegria ou raiva, amor ou ódio.
Paixão sempre nos desnorteia, nos afugenta, nos desperta.
Odiamos perder a razão, amamos o sonho e a ilusão.
Não controlamos a emoção, ininterrupta comoção.
Confrontamos o irmão, a família, a união.
Cobrimos uns aos outros de compaixão, não queremos solidão.
Fazer o que é certo sempre compensa a mente, o coração...
Mas fácil é ir ao caminho errado, corrupção.
Caráter falho, obstinação.
Perseverança, esperança, comiseração.
Somos de eterno saber, não sabemos exatamente o que queremos todavia sabemos que queremos ter.
Insegurança, decepção, apego fora de controle, sem razão.
Aquilo que temos, nos dá a sensação de forte e consciente mas muitas vezes acaba nos tornando aquilo que mais tememos.
Impotente somos diante de mistérios, criamos dogmas para sermos sinceros.
Tolerância muitas vezes está fora de questão, roubamos com medo do ladrão.
Infinita é nossa dívida assim como o nosso perdão.
Não somos tão bons quanto queremos porém somos melhores do que pensamos.
Estamos além, além do que fomos e pensamos, mas muito ainda falta para alcançar.
Alcançar tudo, o céu e o mar, definitivamente não mais nos preocupar em que lugar devemos estar.
Mal posso respirar, contudo sei que ainda dá, dá para continuarmos a caminhar, rumo ao além céu, mar...
Para tudo de novo ser e estar, para tudo ter e conquistar, para com a fé estar.

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